quarta-feira, janeiro 25, 2006

Acerca do lugar na memória...


"Embora já tivesse tido diferente opinião, não gosto de me lembrar no intuito de reviver.
É como comer um belo bife requentado: sabe sempre aquém do que deveria ser.
Por outro lado, é uma forma hábil de se dizer que se ama, escudado pelo tempo, incólume pelo que se vem dito, sobre o diamante prumado de arestas incertas, com o hálito de língua em sangue, em cada verba.
No entanto, não gosto de me lembrar no intuito de reviver:
Quero estar na extremidade do hálito!"
extracto do diário íntimo de um fauno desconhecido

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Sem espaço


"Vi-te.
Foi como uma miragem.
Quando quis passar dos olhos à boca, já tinhas ido."

extracto do diário íntimo de um fauno desconhecido

sexta-feira, janeiro 20, 2006


"Achava-te mais wild quando te conheci.
O teu ventre impunha-se à pose.
Sorrias aos toiros!
Brincavas ao pião…


Eras tu."

extracto do diário íntimo de um fauno desconhecido

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Devaneio...


Como não entrar se deixas a porta entreaberta?

Convite ou não, ela deixa passar a luz de um caminho talvez melhor... falsas esperanças a quem nunca quiseste dar uma só, mesmo só para teu belo prazer, nos dias em que a existência pesa mais....


Solidão de quem se serve do amor dos outros, solidão de quem sofre, apenas solidão.

A solidão traduz-se por uma sensação insuportável de um peso desmedido, transcrito da existência para as nossas costas, plasmando-se nas palmas das mãos, cheias de voz e sangue.

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Vontade

"Não posso, não irei, não quero amar-te mais. Dito assim, só parece simples.
E é simples, pois esta é face da falsa vontade, e que ninguém eleva a crença.
A vontade não é explícita; é feita de silêncios, entre o não e o sim, entre as dunas e as docas, entreolhares, que feitos garrotes te puxam para mim, me levam para ti transmutam-me para o alter-ego, mais vivo, logo mais letal. A vontade nasce de dentro, mas não é mais do que o retorno - resposta de algo realmente estimulante de fora: o Outro.A vontade não é explícita; é muda, ganha relevo nos detalhes dos gestos, que expõem as linhas guia, que apontam uma só interpretação: amo-te e essa é a minha vontade!"
extracto do diário íntimo de um fauno desconhecido

terça-feira, janeiro 10, 2006

Na névoa do Porto, emerge a estrutura para o salto quântico que cada um deveria dar rumo a uma felicidade, nem que essa seja frágil ou até falsa.
Dar o salto. Viver o salto. Ser o salto.
Para já não há a outra margem inventada... saltas comigo?

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Poesia de rua (sms)

" Mensagem Recebida"

"Diz-me um desejo para ti para 2006, que não digas a ninguém..."

"Responder mensagem"

"Amar quem me ama"

Feliz 2006 para todos.