sexta-feira, fevereiro 16, 2007

A ilusão do nada






Um dia uma mulher, do nada, deu-me esperança: na vida, no que sinto, naquilo que posso fazer sentir, nos que amo, naqueles que já foram. Foi assim; do nada.
Será um anjo da guarda? Talvez.
Mas o que guarda? AH! Eu. Justo, não?


É bom, útil, confortante, ser Crente, não é Senhor Doutor?

Não Senhor Doutor!
Credo! Não desisti de criar o meu próprio deus, e como sabe, chamar-se-á Eeus… porém, só existe, para mim, aquilo em que creio, e não há crença possível naquilo que ainda não foi criado.

Sim, por um lado, o Eeus ainda não foi criado!
Não acredito que a minha existência esteja terminada aqui. Quando me vaticinam menos uma existência, tenho o parco travo que me sussurra que necessitava de mais uma vida para experimentar um outro caminho, um outro atalho, uma outra vaidade ou euforia, ver uma outra Dolores.


“Tenho pensado muito em ti”, foi o que reparei na altura, quando o telefone já alguém chamava.
Como sempre, voice mail activo; deixei-me ver a paisagem.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Está aberto concurso para a XIV Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira

Está aberto concurso para a XIV Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira, sobre o tema "AS NOVAS CRUZADAS" e que decorrerá de 18 de Agosto a 29 de Setembro 2007. O Regulamento e Ficha de Inscrição poderão ser consultados no site www.bienaldecerveira.org.

A Bienal de Cerveira, que faz 30 anos em 2008, continua a afirmar a sua identidade como evento sem preconceitos ou lobbies, reflectindo as preocupações e propostas dos criadores da sua época.
Espelho da identidade do meio sócio-cultural de Portugal, tem sido solicitada por artistas e intelectuais do Japão aos Estados Unidos, passando pelos países de Leste e Europa, que fazem desta Bienal um local de encontro e divulgação das suas ideias e projectos, sobretudo as camadas mais jovens, às quais, se não tem sido dada resposta mais abrangente, é pela falta de meios com que a Bienal de Cerveira se tem debatido e ausência de um reconhecimento Estatal consequente à importância deste evento, sediado geograficamente numa das regiões da Europa culturalmente mais carenciada. A persistência da sua sobrevivência deve-se, até agora, à aposta que feita pelo Município de Vila Nova de Cerveira e a um grupo de artistas que sem a preocupação de chamar a si os benefícios pessoais desta iniciativa, antes propõem um diálogo franco e aberto onde o “cartaz” partidário não tem lugar. Com o aparecimento da Fundação da Bienal Internacional de Arte de Vila Nova da Cerveira, novas perspectivas se abrem para uma maior capacidade de intervenção na criatividade e inovação, que, como se sabe, são o motor de uma sociedade melhor, tanto económica como culturalmente.
Esta XIV Bienal, por isso mesmo, ambiciona ser interventiva e polémica, razão pela qual, a par de grandes artistas da Escola de Paris, sobretudo do pós-guerra, lança o desafio a novos criadores com um tema actual: as diferenças culturais entre o ocidente e o médio oriente, e as implicações sociais, políticas, religiosas e económicas que isso representa para os países ricos.
As riquezas da nossa história são a marca das civilizações, desde as Pirâmides à Vénus de Willendorf. A Bienal de Cerveira quer-se uma afirmação de excelência na cultura.