sexta-feira, junho 30, 2006

Impacto angélico


Não te deites tarde, e logo renasci.

É esta a face da adição convulsa que faz mergulhar em vacilo, o sorriso do arlequim que se deixa adormecer abraçado ao monociclo, o esquivo ao alerta permanente, a nitidez do faroleiro que faz desfocar o olhar, a sapatada emocional veloz e densa, que um anjo tem sobre mim.


extracto do diário íntimo de um fauno desconhecido

quarta-feira, junho 21, 2006

Aguardando Fénix

A banalização do amor foi numa primeira fase do século XX uma revolução, porque finalmente as pessoas poderiam amar mais do que uma vez.

No fim do século, e no actual, amar é um sentimento banal, uma vez que todos confundiram - e que ingenuidade a nossa, a dos humanos - confundimos com sexo bacoco, às vezes pagando, outras abandonando, outras até expulsando do leito de nata fria, quem quis fingir amor contíguo.

Daí eu dizer que todos querem foder mas ninguém quer ser íntimo. Porque dói ser realmente íntimo; não pelo que acontece, mas pelo que pode vir a acontecer; é sempre inevitável o seu fim… e este sentimento de fio de navalha, o medo do fim, a morte (porque não dize-lo?), imprimem a vontade de viver cada momento como instante.

Uma outra conclusão.... é necessário inventar uma nova forma de dizer amo-te, com a mesma ou superior profundidade, ao ponto que a emoção exprima a sua carne viva, abrindo necessariamente uma outra ferida, valendo uma nova palavra, num novo choro da Fénix.

segunda-feira, junho 12, 2006

Viajeros (FITEI - 2006)


Um dia a mala tem de se estacionar... por breves momentos.