segunda-feira, julho 31, 2006

Trapézios e malabarismo







Lembro-me das vezes que te vi, moldando a lua, numa
mise en scéne bestial feminina, onde o vento passa rente das orelhas, como no grito do nosso arfar.

sábado, julho 22, 2006

Dançávamos?


Lembro-me das vezes que fui, para ti, perfeito.

De intensidade colocada,

de insinuação escondida também,

de mão aberta,

mas roubada de flores e frutos.

sábado, julho 08, 2006

Provocação ou evocação?

“Noutro dia estava a ler Herberto, aquelas coisas que de vez em quando me dão, fazendo revolver toda a inquietação, e que não deixa simplesmente dormir… sim, não se estejam a rir, porque estas coisas tiram mesmo o sono, quando para às letras se constrói uma janela escancarada… mas como estava a dizer, estive no outro dia a ler herberto, com a certeza de um arrebatamento total, quando reparei que ele já tinha escancarado uma porta para o jardim…

Que sentimentos podemos esperar nós, então, do arrebatamento?

Perguntei-lhes eu.”

excerto do diário íntimo de um fauno desconhecido