quarta-feira, maio 24, 2006

Lá, as serpentes não têm dentes...


"Então eu disse-lhe:

- Desisto!
Desisto de ti.
Desisto de esperar.

Sei que somos a nossa memória, mas não quero o meu futuro fique contagiado pelo medo já tido.

Quero ir para onde a foto anuncia.


... pode ser que me encontre por lá."






extracto do diário íntimo de um fauno desconhecido.

1 Comments:

At 11:55 da manhã, Blogger I said...

Fizeste-me lembrar algumas palavras de F. Pessoa: Vivo sempre no presente. O futuro, não o conheço. O passado, já o não tenho. Pesa-me um como a possibilidade de tudo, o outro como a realidade de nada. Não tenho esperanças nem saudades. (...) O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.

 

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