terça-feira, abril 18, 2006

À memória!


Apaixonar é fácil: basta ser pela mesma de sempre. Disponibilidade para amar/apaixonar essa é rara se não for reparada devidamente. As perdas emocionais não são curadas, apenas nubladas com calços de carne de outrem, raramente compatível com a vossa extraída. Não vale a pena fugir desta realidade. Quando nesta posição frágil encontramos quem nos arrancou, o tremor sobe às mãos, e por isso aos actos até da boca. A adrenalina dispara e dispara-nos… e quem entre ambos sair ileso, respira igualmente de forma profunda… porque o outro lado, também teve passeios para calcetar.

Esta é a ternurenta violência da memória.

extracto do diário íntimo de um fauno desconhecido